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sábado, 25 de maio de 2013

Feliz Dia da Toalha, mochileiros!!

   O Guia do Mochileiro das Galáxias faz algumas afirmações a respeito das toalhas.
   Segundo ele, a toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar. Em parte devido a seu valor prático: você pode usar a toalha como agasalho quando atravessar as frias luas de Beta de Jagla; pode deitar-se sobre ela nas reluzentes praias de areia marmórea de Santragino V, respirando  os inebriantes vapores marítimos; você pode dormir debaixo dela sob as estralas que brilham avermelhadas no mundo desértico de Kakrafoon; pode usá-la como vela para descer numa minijangada as águas lentas e pesadas do rio Moth; umedecê-la e utilizá-la para lutar em um combate corpo a corpo;  enrolá-la em torno da cabeça para proteger-se de emanações tóxicas ou evitar o olhar da Terrível Besta Voraz de Traal (um animal estonteantemente burro , que acha que, se você não pode vê-lo, ele também não pode ver você – estúpido feito uma anta, mas muito, muito voraz); você pode agitar a toalha em situações de emergência para pedir socorro; e, naturalmente, pode usá-la para enxugar-se com ela se ainda estiver razoavelmente limpa.   Porém o mais importante é o imenso valor psicológico da toalha. Por algum motivo, quando um escrito (isto é, um não mochileiro) descobre que um mochileiro tem uma toalha, ele automaticamente conclui que ele tem também escova de dentes, esponja, sabonete, lata de biscoitos, garrafinha de aguardente, bússola, mapa, barbante, repelente, capa de chuva, traje espacial, etc., etc. Além disso, o escrito terá prazer em emprestar ao mochileiro um desses objetos, ou muitos outros, que o mochileiro por acaso tenha “acidentalmente perdido”. O que o escrito vai pensar é que, se um sujeito é capaz de rodar por toda a Galáxia, acampar, pedir carona, lutar contra terríveis obstáculos, dar a volta por cima a ainda assim saber onde está sua toalha, esse sujeito claramente merece respeito.
   Daí vem a expressão que entrou na gíria dos mochileiros, exemplificada na seguinte frase: “Vem cá, você sancha esse cara dupal, o Ford Perfect? Taí um mingo que sabe onde guarda a toalha.” (Sancha: conhecer, estar ciente de, encontrar; dupal: cara muito incrível; mingo: cara realmente muito incrível.)  
O Guia do Mochileiro das Galáxias, p. 27/8, by: DNA



sábado, 23 de março de 2013

61º Aniversário de Douglas Adams - Doodle sobre o Guia do Mochilerio da Galáxia

   Já faz um tempo que o Google prestou homenagem a Douglas Adams através de mais um doodle animado na página inicial. Douglas foi responsável por escrever a "trilogia" do Guia do Mochileiro das Galáxias, que é composta por seis livros, sendo o último deles, "E tem outra coisa...", não escrito por ele em sua totalidade pois foi justamente nessa época que faleceu aos 49 anos, vítima de um ataque cardíaco.
   O sexto livro da série foi terminado por Eoin Colfer, professor e escritor irlandês, nascido em maio de 1965.


   Ao nosso ilustríssimo DNA,
Douglas Noel Adams.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O Guia do Mochileiro das Galáxias - Capítulo 23, páginas 116 e 117

Baka Comments - O Guia do Mochileiro das Galáxias - Capítulo 23

É um fato importante, e conhecido por todos, que as coisas nem sempre são o que parecem ser. Por exemplo, no planeta Terra os homens sempre se consideraram mais inteligentes que os golfinhos, porque haviam criado tanta coisa - a roda, Nova York, as guerras, etc. -. enquanto os golfinhos só sabiam nadar e se divertir. Porém, os golfinhos, por sua vez, sempre se acharam muito mais inteligentes que os homens - exatamente pelos mesmos motivos.
   Curiosamente, há muito que os golfinhos sabiam da iminente destruição do planeta, e faziam tudo para alertar a humanidade; porém suas tentativas de comunicação eram geralmente interpretadas como gestos lúdicos com o objetivo de rebater bolas ou pedir comida, e por isso eles acabaram desistindo e abandonaram a Terra por seus próprios meios antes que os vogons chegassem.
   A derradeira mensagem dos golfinhos foi entendida como uma tentativa extraordinariamente sofisticada de dar uma cambalhota dupla para trás assobiando o hino nacional dos Estados Unidos, mas na verdade o significado da mensagem era: Até mais, e obrigado pelos peixes.
   Na verdade havia no planeta uma única espécie mais inteligente que os golfinhos, que passava boa parte do tempo nos laboratórios de pesquisas de comportamento, correndo atrás de rodas e realizando experiências incrivelmente elegantes e sutis com seres humanos. O fato de que mais uma vez os homens interpretaram seu relacionamento com essas criaturas de modo totalmente errado era exatamente o que estava nos planos elaborados por elas.

BY: Douglas Adams

Volume Quatro da Trilogia de Cinco

domingo, 27 de janeiro de 2013

O ovo perfeito

   Nota: Esse texto não pertence a mim; foi retirado do livro didático do Sistema Ari de Sá (SAS) do 1º ano do ensino médio, livro 1.
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O ovo perfeito



   Nenhum lugar da casa se parece tanto com um laboratório de Química quanto a cozinha, onde diversos ingredientes são misturados, queimados, fermentados e submetidos a processos dignos de experiências científicas. Assim como no laboratório, ter noções de Química é essencial para que o cozinheiro consiga preparar corretamente os pratos, até os mais simples. Veja, por exemplo, como levar à perfeição a arte de cozinhar ovos.
   A clara possui água, gordura e colesterol. Também tem muitas proteínas que mudam de forma quando aquecidas. Elas se desenrolam e deixam expostas regiões na superfície que as ligam a outras proteínas, formando um emaranhado que transforma a clara no material sólido e branco que conhecemos. O ovo também tem bolhas de ar para que o filhote comece a respirar. Elas se tornam um problema quando cozinhamos porque, além de deixar o fundo do ovo chato, ainda podem aumentar a pressão interna e fazê-lo rachar. Para resolver o problema, basta furar o fundo da casca com uma agulha antes de cozinhar e colocar sal ou limão na água. Os dois ingredientes conseguem tampar o buraco porque agem sobre a clara da mesma forma que o calor: fazem as proteínas se juntarem e endurecerem antes que o ovo vaze na panela. 
   Há também outras maneiras pelas quais o ovo pode explodir. A casca é irregular e, ao aquecer, cada uma das partes começa a se expandir de forma diferente, o que pode levar a rachaduras. É preciso controlar a forma como ele esquenta para que isso não aconteça. Coloque o ovo em água fria, aqueça até ferver, reduza o fogo por mais 10 minutos e jogue em outro recipiente com água fria. Esse último procedimento também ajuda a eliminar aquela substância esverdeada que se forma em volta da gema. Ela surge quando o sulfeto de hidrogênio presente na clara esquenta e se expande. 
   O aumento de pressão o faz migrar para as regiões mais frias do ovo, como a gema, onde ele reage com o ferro e forma sulfeto de ferro, o material verde. Quando jogamos o ovo em água fria, a casca diminui de temperatura e atrai o sulfeto para longe da gema. 
   Finalmente, é bom saber que, quanto mais velho um ovo, mais fácil ele descasca. Ao envelhecer, ele se torna menos ácido, o que faz com que a membrana interna da casca se enfraqueça e não grude na parte branca.
   É recomendável deixar os ovos ao menos uma semana na geladeira, com cuidado para que eles não estraguem. 
   Seguindo todas as dicas, o ovo terá formato, aparência e gosto perfeitos. 


see you next time...