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sábado, 20 de dezembro de 2014

O Guia do Mochileiro das Galáxias #1 Towards Adams

   Bem, como eu disse alguns meses atrás, iria começar uma curta série de postagens para que vocês tenham uma ideia mais concreta do Guia (para os que não o conhecem, especificamente). Nessa série, vou disponibilizar a introdução dos livros e alguns trechos, sempre do primeiro capítulo (de cada um). Imaginei que seria melhor postar o primeiro capítulo inteiro, mas não faria sentido, visto que eu teria vontade de digitar o livro completo pra vocês; se for assim é melhor comprar ou pedir emprestado, não acham? Vamos à primeira parte...



~*~
   Destino toda autoria do conteúdo a seguir a Douglas Noel Adams; + Completely Unexpected Productions Ltd. (Copyright (c) 1979); + Editora Arqueiro Ltd. pela tradução (Copyright (c) 2004).
   E a todos responsáveis pela tradução, revisão, diagramação, projeto gráfico, design/ilustração da capa, impressão e acabamento. + Todos os envolvidos no projeto e confecção originais (inclusive editores). O Guia do Mochileiro das Galáxias não me pertence.
~*~

   " Muito além, nos confins inexplorados da região mais brega da Borda Ocidental desta Galáxia, há um pequeno sol amarelo e esquecido.
   Girando em torno deste sol, a uma distância de cerca de 148 milhões de quilômetros, há um planetinha verde-azulado absolutamente insignificante, cujas formas de vida, descendentes de primatas, são tão extraordinariamente primitivas que ainda acham que relógios digitais são uma grande ideia. 
   Esse planeta tem - ou melhor, tinha - o seguinte problema: a maioria de seus habitantes estava quase sempre infeliz. Foram sugeridas muitas soluções para esse problema, mas a maior parte delas dizia respeito basicamente à movimentação de pequenos pedaços de papel colorido com números impressos, o que é curioso, já que no geral não eram os tais pedaços de papel colorido que se sentiam infelizes. 
   E assim o problema continuava sem solução. Muitas pessoas eram más, e a maioria delas era muito infeliz, mesmo as que tinham relógios digitais.
   Um número cada vez maior de pessoas acreditava que havia sido um erro terrível da espécie descer das árvores. Algumas diziam que até mesmo subir nas árvores tinha sido uma péssima ideia, e que ninguém jamais deveria ter saído do mar. 
   E então, uma quinta-feira, quase dois mil anos depois que um homem foi pregado num pedaço de madeira por ter dito que seria ótimo se as pessoas fossem legais umas com as outras para variar, uma garota, sozinha em uma pequena lanchonete em Rickmansworth, de repente compreendeu o que tinha dado errado todo esse tempo e finalmente descobriu como o mundo poderia se tornar um lugar bom e feliz. Desta vez estava tudo certo, ia funcionar, e ninguém teria que ser pregado em coisa nenhuma. 
   Infelizmente, porém, antes que ela pudesse telefonar para alguém e contar sua descoberta, aconteceu uma catástrofe terrível e idiota, e a ideia perdeu-se para todo o sempre.
   Esta não é a história dessa garota. 
   É a história daquela catástrofe terrível e idiota, e de algumas de suas consequências.
   É também a história de um livro chamado O Guia do Mochileiro das Galáxias - um livro que não é da Terra, jamais foi publicado na Terra e, até o dia em que ocorreu a terrível catástrofe, nenhum terráqueo jamais o tinha visto ou sequer ouvido falar dele. 
   Apesar disso, é um livro realmente extraordinário. 
   Na verdade, foi provavelmente o mais extraordinário dos livros publicados pelas grandes editoras de Ursa Menor - editoras das quais nenhum terráqueo jamais ouvira falar. 
   O livro é não apenas uma obra extraordinária como também um tremendo best-seller  - mais popular que a Enciclopédia Celestial do Lar, mais vendido do que Mais Cinquenta e Três Coisas para se Fazer em Gravidade Zero,  e mais polêmico que a colossal trilogia filosófica de Oolonn Colluphid, Onde Deus Errou, Mais Alguns Grandes Erros de Deus e Quem É Esse Tal de Deus Afinal?
   Em muitas das civilizações mais tranquilas da Borda Oriental da Galáxia, O Guia do Mochileiro das Galáxias já substituiu a grande Enciclopédia Galáctica como repositório-padrão de todo o conhecimento e sabedoria, pois ainda que contenha muitas omissões e textos apócrifos, ou pelo menos terrivelmente incorretos, ele é superior à obra mais antiga e mais prosaica em dois aspectos importantes. 
   Em primeiro lugar, e ligeiramente mais barato; em segundo lugar, traz na capa, em letras garrafais e amigáveis, a frase NÃO ENTRE EM PÂNICO. 
   Mas a história daquela quinta-feira terrível e idiota, a história de suas extraordinárias consequências, a história das interligações inextricáveis entre essas consequências e este livro extraordinário - tudo isso teve um começo muito simples. 
   Começou com uma casa. "

~*~

~Trechos~

1. " Também tinha cerca de 30 anos; era alto, moreno e quase nunca estava em paz consigo mesmo. O que mais o preocupava era o fato de que as pessoas viviam lhe perguntando por que ele parecia estar tão preocupado. "
2. " Quinze segundos depois, Arthur estava fora da casa, deitado no chão, na frente de um trator grande e amarelo que avançava por cima de seu jardim. "
3. " O Sr, L Prosser era, como dizem, apenas humano. Em outras palavras, era uma forma de vida bípede baseada em carbono e descendente de primatas. Para ser mais específico, ele tinha 40 anos, era gordo e desleixado e trabalhava no conselho municipal. "
4. " Os desvios são vias que permitem que as pessoas se desloquem bem depressa do ponto A ao ponto B ao mesmo tempo que outras pessoas se deslocam bem depressa do ponto B ao ponto A. As pessoas que moram no ponto C, que fica entre os dois outros, muitas vezes ficam imaginando o que tem de tão interessante no ponto A para que tanta gente do ponto B queira muito ir para lá, e o que tem de tão interessante no ponto B para que tanta gente do ponto A queira muito ir para lá. Ficam pensando como seria bom se as pessoas resolvessem de uma vez por todas onde é que elas querem ficar. "
5. " Por uma curiosa coincidência, "absolutamente zero" era o quanto o descendente dos primatas Arthur Dent suspeitava que um de seus amigos mais íntimos não descendia dos primatas, sendo, na verdade, de um pequeno planeta perto de Betelgeuse, e não de Guildford, como costumava dizer. "
6. " Ford Perfect já havia perdido as esperanças de que aparecesse um disco voador porque 15 anos é muito tempo para ficar preso em qualquer lugar, principalmente num lugar tão absurdamente chato quanto a Terra. "
7. " Ah, não me dê mais dessa Aguardente Janx/ Não, não me dê mais um gole de Aguardente Janx/ Senão minha cabeça vai partir, minha língua vai mentir, meus olhos vão ferver e sou capaz de morrer/ Vai, me dá um golinho de Aguardente Janx. "
8. " Quem começava perdendo normalmente acabava perdendo, porque um dos efeitos da Aguardente Janx é deprimir o poder telepsíquico. (...) Ford Perfect normalmente jogava para perder. "

~*~

   Bom, pessoal, hoje era só isso que eu queria mostrar pra vocês. 'Espero que gostem do livro', para aqueles que decidirem ler; 'Você deve ser uma pessoa sensata', para aqueles que já leram; e para os que decidirem não ler, pelo menos pare de assistir tantas novelas. 

Até a próxima, mochileiros! o/
42 e não entre em pânico. 

sábado, 4 de outubro de 2014

A biografia de Douglas Adams: Histórias para minha irmã dormir e nossa, são quase quatro da manhã!

  "Introdução
   O Guia do Mochileiro das Galáxias é o mais extraordinário e, certamente, o mais bem-sucedido livro jamais publicado pelas grandes editoras de Ursa Menor. Tem, aproximadamente, o tamanho de uma brochura, mas parece mais com uma calculadora de bolso, com sua centena de botões e uma tela de dez centímetros quadrados que pode exibir, quase num instante, mais de seis milhões de páginas. Ele vem encadernado com uma capa de plástico bastante resistente, em que as palavras
NÃO ENTRE EM PÂNICO
estão grafadas em simpáticas letras garrafais.
   No momento, não há cópias d'O Guia do Mochileiro das Galáxias neste planeta, pelo que se sabe. 
   Esta não é a história do Guia.
   É, de todo modo, a história de um livro também chamado, por um caso enorme de improbabilidade, O Guia do Mochileiro das Galáxias; da série de rádio que iniciou isso tudo; da trilogia de seis livros que lhe diz respeito; dos jogos de computador, toalhas e séries de televisão que, por sua vez, também resultaram disso.
   Para contar a história do livro - e da série de rádio, e da toalha - é melhor contar a história de algumas mentes por trás disso. Dentre ela, a mais destacada pertence a um humano descendente de primatas, do planeta Terra, ainda que, no momento em que nossa história começa, ninguém saiba de seu destino (que inclui viagens internacionais, computadores, um número quase infinito de almoços e se tornar perturbadoramente rico) mais do que uma azeitona sabe como preparar uma Dinamite Pangaláctica. 
   Seu nome é Douglas Adams, ele tem um metro e noventa e cinco e está prestes a ter uma ideia." 
Introdução do livro "Não Entre em Pânico - Douglas Adams & O Guia do Mochileiro das Galáxias", de Neil Gaiman.



Madrugada

   Procurava por um caderno ou qualquer folha de papel para escrever sobre as besteiras que pensava. Não encontrando uma quantidade suficiente de papéis velhos e inúteis misturados com outros papéis velhos e inúteis - alguns até importantes, apesar de inúteis - sobre a minha cama, lembrei-me de um dos cadernos da época do curso de informática (faz muito tempo) que eu provavelmente não tinha terminado de usar. Entusiasmada, apanhei o caderno em minha estante, abarrotada de livros que ainda não li, outros que leria novamente se o tempo permitisse, e ainda, livros-que-espero-ler-encarecidamente-antes-de-morrer (se eu tiver tempo, é claro), e voltei a sentar-me ao redor da razoável bagunça de minha cama.
   Folheei com calma, até perceber que não havia páginas em branco disponíveis, o que me obrigou a levantar e ir em busca de outro caderno - que estou segurando no momento - para, ainda, trocar a caneta sem tinta por um lápis comum que ganhei de presente. 
   Bem, eu poderia estar escrevendo sobre algo como O árduo trabalho de escrever um texto e colocar seu cachorro de quatro anos para dormir enquanto suas unhas secam, mas dessa vez eu tive uma ideia melhor. Momentos atrás, encontrava-me no agradável quarto de minha irmã mais velha (e única) lendo um dos livros de minha abarrotada estante para que ela dormisse. Nós fazemos isso de vez em quando. E apesar de ela ter pegado no sono logo após eu ler a introdução, de menos de uma página e meia, acabei, muito feliz, continuando a ler em voz moderadamente alta (porque já é alta por natureza, embora eu não goste muito de falar em público) até o capítulo 3. 
   O livro em questão se chama Não Entre em Pânico, uma biografia do célebre Douglas Noel Adams escrita pelo quadrinista contemporâneo e romancista best-seller Neil Gaiman. O livro, como se pode deduzir, fala sobre a história de vida, na minha opinião, do mais ilustre DNA (Douglas Noel Adams para quem não captar de imediato) que já existiu. Então, lendo alguns dos espetaculares episódios de sua vida como limpador de galinheiros, porteiro de hospital psiquiátrico - e posteriormente do departamento de Radiografia do Hospital Yeovil -, estudante e ator (e sobre os arrependimentos por não ter cursado Medicina), pensei "Por que quase ninguém conhece esse cara por aqui?", e, algumas páginas depois, "Se mais pessoas conhecessem sobre esse cara, talvez elas fossem mas críticas, mais felizes e menos estúpidas". E assim surgiu a ideia de publicar em um de meus blogs na Internet algo sobre esse livro, inclusive a introdução que li antes que minha irmã pegasse no sono. Na verdade, num caso provável de probabilidade, ela me dirá que apenas dormiu, de fato, alguns parágrafos depois disso, e que ainda ouvia, mesmo que vagamente, a leitura que eu proferia, adiantando comentários sobre essa postagem.
   Como não li muito do livro ainda, não posso me aprofundar demais na discussão, pois, como dizia o próprio Douglas, "eles nunca puderam entender, na escola, se eu era incrivelmente esperto ou terrivelmente imbecil. Eu sempre tentava compreender as coisas completamente para falar sobre elas." 
   Logo em seguida à ideia que surgiu na minha cabeça sobre a postagem, pensei assim: "Legal, vou tentar fazer com que mais pessoas leiam sobre o Douglas e seus livros, mas o que há de mais convidativo, em um primeiro momento, nessa biografia, além das simpáticas letras garrafais na capa?". Foi aí que lembrei-me de um detalhe: a biografia feita por Gaiman e, vale mencionar, um trabalho da editora Novo Século ®, não tem um sumário. Sempre costumo ler o sumário antes de começar um novo livro, porque a página está lá para ser lida, afinal. Só que dessa vez não estava, e tive a brilhante, ou mais que estúpida, ideia de colocá-la por aqui e despertar a curiosidade de algum mochileiro que esteja passando. 

*Sumário do livro "Não Entre em Pânico - Douglas Adams & O Guia do Mochileiro das Galáxias", de Neil Gaiman* ~feito por mim.

Prefácio...
Introdução...9
0. O Guia do Mochileiro da Europa...11
1. DNA...13
2. Cambridge e outros fenômenos recorrentes...19
3. Os anos selvagens...24
4. Comer pepino, andar de costas e essas coisas...29
5. Quando sua estrela brilha...33
6. A era do rádio...42
7. Um produtor ligeiramente duvidoso...53
8. Temos uma TARDIS, vamos viajar!...57
9. H2G2...63
10. A galáxia é um palco...73
11. "Infantil, inútil, cheia de besteiras..."...78
12. Nível 42...81
13. De ratos, homens e produtores de televisão aborrecidos...85
14. O restaurante no fim do universo...111
15. Invasão EUA...115
16. A Vida, o Universo e Tudo Mais...121
17. Fazendo filmes...130
18. Wida e outros lugares...137
19. Ame os peixes...143
20. Você sabe onde está sua toalha?...159
21. Jogos com computadores...161
22. Cartas para Douglas Adams...171
23. Dirk Gently e hora do chá...180
24. Salvando o mundo sem ônus adicional...187
25. Douglas e outros animais...191
26. Tudo o que acontece, acontece...196
27. Guias para o Guia...201
28. Os filmes que não se mexem...205
29. O ponto.com que não tinha como dar errado...210
30. Um tipo de pós-vida...216
31. Diabo de coisa difícil, escalar vestido de rinoceronte...221
32. Shada renascido...224
33. Pois bem, parece ter sido assim tanto-quanto-tenha-tido-a-ver-com-o-rádio...229
34. Cartões-postais de Daveland...238
35. Homem estelar...242
36. A interconexão de toda as coisas...244
37. Mochilando rumo ao futuro...249

-*-

   E aqui termina a postagem especial sobre a biografia de Douglas Adams. Nas próximas publicações, ao longo dos dias de Outubro, falarei mais sobre o primeiro livro da série, O Guia do Mochileiro das Galáxias, não percam! (Especialmente se você não tiver lido-o)

Dedicatória

   Eram duas horas quando tive o pensamento louco de escrever todos esses disparates, agora são pouco mais de três e vinte e cinco da manhã, está chovendo, e dedico essa postagem à minha irmã Daniela, por ter me acolhido por alguns minutos em seu quarto recém-pintado e aconchegantemente verde; aos meus pais, por não terem acordado enquanto escrevia depois das três da manhã; ao meu amigo Heitor Menezes, por ter um corte de cabelo legal (lembrei disso enquanto lia, não pergunte por qual estranha razão...); às minhas amigas Indira e Myllena, que ainda não leram o Guia do Mochileiro das Galáxias (nota: trata-se de uma extrema recomendação); à minha boa e velha amiga Luciana, pelo lápis que em minhas mãos estava quando escrevi isso; ao meu amigo Ramon Luís, tão estranhamente inteligente quanto Adams, por ter me apresentado à trilogia do Guia do Mochileiro; e claro, ao nosso Douglas. 

"Quando você é um estudante, ou algo assim, e não pode alugar um carro nem pegar um avião, nem sequer pagar um bilhete de trem, tudo que pode fazer é rezar para que alguém pare e ofereça uma carona.
Por enquanto, não temos como pagar a viagem a outros planetas. Não temos sequer as naves para chegar lá. Pode ser que haja outras pessoas por aí (não tenho qualquer opinião sobre Se Existe Vida Lá Fora, simplesmente, não sei) e seria legal se alguém pudesse, mesmo que de vez em quando, ser levado de carona universo afora."

Douglas Adams, 1984.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

The Ice Bucket Challenge

Nunca espero nada de muito bom vindo dos humanos, mas a estupidez é tanta que achamos que para doar dinheiro para ajudar numa causa, é preciso gastar mais que o dobro em prejuízo ambiental. Mais de 2,4 milhões (!) de pessoas "gravando videozinhos do desafio do balde de gelo"... DESAFIO DO BALDE DE GELO UMA OVA!! Se para melhorar o investimento em pesquisas ou seja lá o que estiverem aí pra propor, precisamos ser tão magnanimamente idiotas em gastar um bem que já está nas últimas no planeta inteiro, é melhor colocar um cofrinho na frente das universidades e torcer para que sejamos mais solidários que isso. 

Apelo: Use um balde de gelo para algo útil!

Peço perdão, por todas as pessoas sensatas, àqueles que estão, nesse momento, sofrendo pela falta de comida e água, especialmente. Essas pessoas não sabem o que fazem...

E um brinde à desconsciência humana!

domingo, 31 de agosto de 2014

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

*ESPECIAL* More Beyond, Always

   Heey, minna saiko \o/

   Venho para recomendar duas fanfictions de Final Fantasy VII para vocês- as melhores que já li do gênero, sinceramente -w- Chamam-se "A Little More Beyond" e "More Beyond, Always", escritas por Midichan e postadas primeiramente no Nyah!Fanfiction, onde a segunda é a continuação da primeira  - avisando pra ninguém começar pelo final u.u'
   Os links seguem abaixo juntamente com um presentinho meu para a escritora como singelo agradecimento pelo maravilhoso trabalho desenvolvido por você, querida Midi-sama <3 ~ It's for you (-^-----^-).

Yuffie Kisaragi - tentei fazer parecido, pelo menos e.e'

Links:

> A Little More Beyond < *Clique aqui para ler*
> More Beyond, Always < *Clique aqui para ler*

   Espero que gostem bastante das histórias e que possam aproveitar cada parágrafo com a mesma emoção e vontade de passar para o próximo capítulo o mais depressa possível que eu ^^ Bom divertimento a todos!! Domo arigato gozaimasu, Midi <3 Jaa ne o/

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O Capítulo 28

   O principal problema - um dos principais problemas, pois são muitos -, um dos principais problemas em governar pessoas, está em quem você escolhe para fazê-lo. Ou melhor, em quem consegue fazer com que as pessoas deixem que ele faça isso com elas.
   Resumindo: é um fato bem conhecido que todos os que querem governar as outras pessoas são, por isso mesmo, os menos indicados para isso. Resumindo o resumo: qualquer pessoas capaz de se tornar presidente não deveria, em hipótese alguma, ter permissão para exercer o cargo. Resumindo o resumo do resumo: as pessoas são um problema.
   Então esta é a situação que encontramos: uma sucessão de presidentes galácticos que curtem tanto as diversões e bajulações decorrentes do poder que muito raramente percebem que não estão no poder.
   E, nas sombras atrás deles - quem?
   Quem pode governar se ninguém que queira fazê-lo pode ter permissão para exercer o cargo?

*Livro O Restaurante no Fim do Universo, por Douglas Noel Adams (o autêntico DNA).
Copyright (c) 1980
Página 186, capítulo 28.




segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O Universo

Algumas informações para ajudá-lo a viver nele

   1. Área: Infinita.
   O Guia do Mochileiro das Galáxias oferece a seguinte definição para a palavra "Infinito":
   Infinito: Maior que a maior de todas as coisas e um pouco mais que isso. Muito maior que isso, na verdade, realmente fantasticamente imenso, de um tamanho totalmente estonteante, tipo "puxa, isso é realmente grande!". O infinito é tão totalmente grande que, em comparação a ele, a grandeza em si parece ínfima, Gigantesco multiplicado por colossal multiplicado por estonteantemente enorme é o tipo de conceito que estamos tentando passar aqui.

   2. Importações: Nenhuma.
   É impossível importar coisas para uma área infinita, pois não há exterior de onde importar as coisas.

   3. Exportações: Nenhuma.
   Vide Importações.

   4. População: Nenhuma.
   É fato conhecido que há um número infinito de mundos, simplesmente porque há um espaço infinito para que esses mundos existam. Todavia, nem todos são habitados. Assim, deve haver um número finito de mundos habitados. Qualquer número finito dividido por infinito é tão perto de zero que não faz diferença, de forma que a população de todos os planetas do Universo pode ser considerada igual a zero. Disso podemos deduzir que a população de todo o Universo também é zero, e que quaisquer pessoas que você possa encontrar de vez em quando são meramente produtos de uma imaginação perturbada. 

   5. Unidades Monetárias: Nenhuma.
   Na realidade há três moedas correntes na Galáxia, mas nenhuma delas conta. O Dólar Altairense entrou em colapso recentemente, a Baga Flainiana só pode ser trocada por outras Bagas Flainianas e o Pu Trigânico tem problemas próprios e muito específicos. Sua atual taxa de câmbio de oito Ningis por cada Pu é bastante simples, mas como cada Ningi é uma moeda triangular de borracha de 10.900 quilômetros em cada lado, ninguém jamais as juntou em número suficiente para possuir um Pu. Ningis não são moedas negociáveis, porque os Galactibancos recusam-se a lidar com trocados. Partindo-se dessa premissa básica, é simples provar que os Galactibancos também são produtos de uma imaginação perturbada.
  
   6. Arte: Nenhuma.
   A função da arte é espelhar a natureza, e basicamente não existe um espelho que seja grande o bastante - vide item 1. 

   7: Sexo: Nenhum.
   Bem, para dizer a verdade isso acontece bastante, em grande parte devido à total falta de dinheiro, comércio, bancos, arte ou qualquer outra coisa que pudesse manter ocupadas todas as pessoas não-existentes do Universo.
   Contudo, não vale a pena entrar numa lunga discussão sobre o assunto porque ele de fato é incrivelmente complicado. Para maiores informações veja os seguintes capítulos do Guia: 7, 9, 10, 11, 14, 16, 17, 19, além dos capítulos entre 21 e 84, inclusive. Na verdade, veja quase todo o resto do Guia.

*Livro "O Restaurante no Fim do Universo" de Douglas Adams, copyright (c) 1980.
Páginas 138 e 139, capítulo 19.